30 de junho de 2010

Decisões são difíceis.

A gente sempre hesita quando estamos diante de uma decisão, seja ela uma decisão simples ou essencial para o seu futuro. (Tenso) São raros os casos de pessoas super confiantes em seu taco, que não possuem dúvidas ou receios em relação aos fatos da vida, acho que são até inexistentes esses casos, mas nunca diga nunca.
Eu não sou auto-confiante, pelo contrário, sou indecisa (ou seria insegura?) até dizer chega! Desde a roupa que eu vou vestir até qual profissão eu quero pra minha vida, o que foi o caso de hoje.
Hoje teve umas palestras sobre profissões no Salesianos e eu, como sempre, escolhi ver apenas a de Humanas, minha preferência desde sempre, e ela foi incrivelmente esclarecedora, 'instigante' e ao mesmo tempo que estou fazendo 347 perguntas à mim eu também permaneço na certeza que eu quero é trabalhar com GENTE, gente como eu, gente que vive, que se comunica, que julga, que manipula, que ama. E não com números. Nunca foi minha praia.
Aquela gente ali que falava no palco me inspirou tanto, eu fiquei realizada de ver o trabalho deles, e mais ainda de poder trabalhar que nem eles. Já é um grande avanço. AH!
Ainda não escolhi definitivamente (ops, nada é definitivo), descobri que não é o fim do mundo e que eu tenho um mundo inteiro pela frente. Xis! =D

28 de junho de 2010

distração

Hoje, distraída, abri aleatoriamente o meu livro de crônicas da Clarice, e caiu essa aqui.
Surpresas agradáveis do "destino", quem diria, não? =)


Por Não Estarem Distraídos
Clarice Lispector

"Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles.
Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque – a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras – e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração.
Como eles admiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto.
No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram.
Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios.
Tudo, tudo por não estarem mais distraídos."

24 de junho de 2010

libelinha



"Diz uma lenda que capturar uma essa criaturas encantada em jarros, copos ou redes, e fazer um pedido ele era atendido, assim, muitas pessoas decidiram as capturar eternamente.
O espírito de libélula é a essência dos ventos de mudança, as mensagens de sabedoria e esclarecimento a comunicação do mundo (...)"

Minha preferida, particularmente. bjs bjs

O Pequeno Príncipe e as estrelas.

Não, eu não li esse livro, mas isso não quer dizer que nunca o lerei.
Uma pessoa muito importante na minha vida, um dia, me mostrou esse texto que eu mostrarei agora aqui.
Mas já aviso: ele fará sentido apenas para os que lerem com atenção, como a maneira diferente de ver as estrelas, como fez muito sentido para mim. =)

"As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para aqueles que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para os sábios, são problemas. (...) Mas todas essas estrelas se calam. Tu, porém, terás estrelas como ninguém nunca as teve... Quero dizer: quando olhares o céu de noite, eu estarei habitando uma delas, e de lá estarei rindo; então será, para ti, como se todas as estrelas te rissem! Desta forma, tu terás estrelas que sabem sorrir! Assim, tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo. E às vezes abrirá tua janela à toa, pelo simples prazer... E teus amigos ficarão espantados de ver-te rir olhando o céu. Tu explicarás entao: 'SIM, AS ESTRELAS, ELAS SEMPRE ME FAZEM RIR!' Eles te julgarão louco. Será como uma peça que te prego..."(Saint Exupery)



Beijos e queijos

22 de junho de 2010

No Pagodin!

Tá Escrito/Revelação

"Quem cultiva a semente do amor
Segue em frente não se apavora
Se na vida encontrar dissabor*
Vai saber esperar sua hora
Às vezes a felicidade demora a chegar
Aí é que a gente não pode deixar de sonhar
Guerreiro não foge da luta, não pode correr
Ninguém vai poder atrasar quem nasceu pra vencer
É dia de sol mas o tempo pode fechar
A chuva só vem quando tem que molhar
Na vida é preciso aprender, se colhe tem que plantar
É Deus quem aponta a estrela que tem que brilhar
Erga essa cabeça, mete o pé e vai na fé
Manda essa tristeza embora
Basta acreditar que um novo dia vai raiar
Sua hora vai chegar."

*dissabor = desgosto, para os não informados rs

Pagode é cultura, e pra quem tem orgulho de dizer que não gosta desse estilo de música pois quem a houve é simples e suburbano, o que é preconceito, fico feliz em lhe informar que não gostar de pagode por esse motivo não te faz mais cult ou inteligente =)
Ah, pra deixar bem claro, eu adooooro um pagode, e na minha imaginação lá nas ruas da lapa mais ainda hihihi Beijos e queijos


"Renda-se."




'Só me rendo pelo brilho de quem vai fundo
E mergulha com tudo
Pra dentro de si.' MM

21 de junho de 2010

Brand New Day

Acabei de chegar da rua, foi um dia e tanto, passei parte do meu dia em um consultório esperando para enfim resolver o problema das minhas benditas espinhas (¬¬), mas hoje aconteceu uma coisa que nunca havia acontecido comigo antes, eu ganhei um livro. Mas não foi um simples livro, eu o ganhei pelo fato de ter tirado a segunda maior nota na prova de português, a professora (querida) presenteou as duas melhores notas, e lá estava eu (e a ju), toda boba, com sorriso bobo e sem saber o que pensar, mas com aquela sensação de 'fiz uma coisa certa, e alguém viu.' hihihi
É muito bom quando nós sentimos que algo está certo e que, apesar de tudo de ruim que esteja acontecendo nas nossas vidas, sempre há uma coisa boa acontecendo pra você (mesmo se estivermos com aquela sensação desgraçada de "a minha vida está um inferno") e em algo tão simples, como um livro, um sorriso amigável e uma notícia boa da sua amiga do peito você vê a vida mais colorida e sem o olhar cansado que insiste em permanecer em nós.
São nessas horas que eu falo "vai tudo ficar bem", discurso clichê, mas eu digo por que vai sim. Não adianta só acreditar, tem que 'fazer acontecer' e buscar forças naquela música que toca na hora certa, ou no sorriso de algum desconhecido, ou na piadinha do amigo ao lado, ou no livro da professora de português, nas coisas mínimas.
Blá blá blá, fácil é falar. Antes de você falar isso, experimenta tentar fazer. Eu JURO que eu to tentando também. rs



bjss

19 de junho de 2010

Remar.

'...Mas você tem que prometer que vai remar... você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena...'
Parte de "Remar, re-amar", que um dia eu postarei por inteiro.



Hoje eu revi um primo meu que mora na Califórnia (lugarzinho feio), e passei por uma, digamos, experiência que me ver (re)ver tudo aquilo que eu sempre soube, mas que o cotidiano e as desavenças diárias me impedem de enxergar.
Sabe, nós sempre temos que dar valor à nossa familia, por que CARA, eles são a tua vida e você é a vida deles. Quer algo mais importante que isso?
Hoje, nesse momento eu só agradeço por todos que estão comigo. Tem pessoas que não tem metade do que muitos, como eu, têm, que é alguém para remar junto, alguém para estar, contar, amar. Alguém para dar valor, com reciprocidade.
Remar junto com eles, re-amar junto com eles. "It's worthwhile"

felicidade por nada

Um dia eu li, na casa da minha avó, uma crônica da Martha Medeiros (Diva) que marcou minha vida. Essa crônica diz tantas coisas, te faz pensar em tudo na sua vida, é impossível ficar com os pés no chão após lê-la, pelo menos para mim. Até me inspirou a começar a escrever.
Então, nada mais apropriado que o primeiro post seja dela, querida.


Feliz por nada, Martha Medeiros.

"Geralmente, quando uma pessoa exclama Estou tão feliz!, é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada.

Digamos: feliz porque maio recém começou e temos longos oito meses para fazer de 2010 um ano memorável. Feliz por estar com as dívidas pagas. Feliz porque alguém o elogiou. Feliz porque existe uma perspectiva de viagem daqui a alguns meses. Feliz porque você não magoou ninguém hoje. Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor do que sua cama.

Esquece. Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito.

Feliz por nada, nada mesmo?

Talvez passe pela total despreocupação com essa busca. Essa tal de felicidade inferniza. "Faça isso, faça aquilo". A troco? Quem garante que todos chegam lá pelo mesmo caminho?

Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não estando "realizado", também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma. Consciência. É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é ficar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo? Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.

Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem.

Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre. Adequação e liberdade simultaneamente? É uma senhora ambição. Demanda a energia de uma usina. Para que se consumir tanto?

A vida não é um questionário de Proust. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania de se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa.

Ser feliz por nada talvez seja isso."



Creio que não há mais o que falar, somente absorver essas palavras, por mais simples que sejam. E sim, eu ainda terei muito tempo para falar muitas coisas por aqui, (hahaha) bjs e inté