23 de novembro de 2010

Amor maior.

Como eu ainda não falei do Grandioso Incomparável?!
Aquele Gigante Rubro Negro que enche minha vida de emoção - e que emoção - e meu coração de amor, amor por uma Nação e por uma ideologia de felicidade, a ideologia de Ser Flamengo. Obrigada por tudo. Sempre com você.



Liberdade Para Ser Flamengo
Arthur Muhlenberg

"A extraordinária capilaridade da torcida do Flamengo é um dos maiores motivos de orgulho para aqueles que fecharam com o certo. A presença sempre marcante e ruidosa do torcedor rubro-negro em todas as camadas sociais, faixas etárias, níveis de escolaridade, potencial de consumo e até, a despeito do rubro-negrismo ser em si uma religião, entre os praticantes de todas as crenças e religiões, expande nosso peitoral e nos faz parecer ainda mais altos do que já somos. O rubro-negro anda por aí, seja no Brasil ou no exterior, com a certeza de que somos os maiores e que ninguém resiste aos encantos do Mengão. Podemos até não compreende-la, mas temos a consciência de que o Flamengo tem a mística e que ela é nossa!

Vejam que interessante o estereótipo que a arco-íris mal vestida, por pura inveja pela nossa popularidade, colou na gente logo que começamos a jogar bola: o time do povo. Não se iluda, time do povo foi o eufemismo que as elites encontraram para não ficar dizendo nos salões que o Flamengo era o time dos pobres, ou pior, o time dos pretos. Vocês acham que alguém se importou? Nós somos mesmo o time dos pobres, dos pretos, dos mulatos, dos amarelos, dos índios, das favelas e de quem mais quiser formar com a gente.

Com o urubu foi quase a mesma coisa, eles mandaram de lá como insulto e a gente matou no peito, baixou na terra e incorporou na maior. Com a gente não tem caô, na torcida do Flamengo não gruda nada que ela mesma não queira. Somos o time da favela, sim. Com um orgulho imenso disso.

E na medida em que o mundo vai ficando pequeno o Flamengo vai ficando cada vez maior. O radio já nos levava para todo o Brasil, a TV permitiu que esse Brasil rubro-negro se visse na telinha e descobrisse que no Rio, em Manaus ou no Pantanal os rubro-negros eram todos iguais. Agora vem a Internet e nos leva na velocidade do pensamento para todos os lugares do mundo. Talvez nem fosse preciso lançar mão da tecnologia, mas a expansão da torcida do Flamengo já se tornou incontrolável. É como se fosse uma força da natureza que tem vida própria e não necessita seguir nenhum modelo. Ela simplesmente é.

{...}

Por isso mesmo somos muitos, e tenha certeza que amanhã seremos ainda mais. Lembre-se que o Sol nunca se põe em nossa Nação Rubro-Negra. Não permita que ninguém interfira no sagrado direito de escolher o objeto do seu devotamento, de rezar para o santo de sua fé, de torcer pelo Flamengo que bem desejar...

Lute pela liberdade, seja Flamengo."

Blog do FLAMENGUISTA, que eu entro todos os dias.

20 de novembro de 2010

Mulheres.

Doidas e Santas

'“Estou no começo do meu desespero e só vejo dois caminhos: ou viro doida ou santa”.

São versos de Adélia Prado, retirados do poema A Serenata. Narra a inquietude de uma mulher que imagina que mais cedo ou mais tarde um homem virá arrebatá-la, logo ela que está envelhecendo e está tomada pela indecisão - não sabe como receber um novo amor não dispondo mais de juventude. E encerra: “De que modo vou abrir a janela, se não for doida? Como a fecharei, se não for santa?”

Adélia é uma poeta danada de boa. E perspicaz. Como pode uma mulher buscar uma definição exata para si mesma, estando em plena meia-idade, depois de já ter trilhado uma longa estrada onde encontrou alegrias e desilusões, e tendo ainda mais estrada pela frente? Se ela tiver coragem de passar por mais alegrias e desilusões - e a gente sabe como as desilusões devastam - terá que ser meio doida. Se preferir se abster de emoções fortes e apaziguar seu coração, então a santidade é a opção. Eu nem preciso dizer o que penso sobre isso, preciso?

Mas vamos lá. Pra começo de conversa, não acredito que haja uma única mulher no mundo que seja santa.. Os marmanjos devem estar de cabelo em pé: como assim, e a minha mãe? Nem ela, caríssimos, nem ela.

Existe mulher cansada, que é outra coisa. Ela deu tanto azar em suas relações que desanimou. Ela ficou tão sem dinheiro de uns tempos pra cá que deixou de ter vaidade. Ela perdeu tanto a fé em dias melhores que passou a se contentar com dias medíocres. Guardou sua loucura em alguma gaveta e nem lembra mais.

Santa mesmo, só Nossa Senhora, mas cá entre nós, não é uma doideira o modo como ela engravidou? (não se escandalize, não me mande e-mails, estou brin-can-do).



Toda mulher é doida. Impossível não ser. A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar nosso poder de sedução para encontrar 'the big one', aquele que será inteligente, másculo, se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais. Uma tarefa que dá para ocupar uma vida, não é mesmo? Mas, além disso, temos que ser independentes, bonitas, ter filhos e fingir de vez em quando que somos santas, ajuizadas, responsáveis, e que nunca, mas nunca, pensaremos em jogar tudo pro alto e embarcar num navio-pirata comandado pelo Johnny Depp, ou então virar uma cafetina, sei lá, diga aí uma fantasia secreta, sua imaginação deve ser melhor que a minha.

Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascina a todos.

Todas as mulheres estão dispostas a abrir a janela, não importa a idade que tenham. Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota. Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora. E santa, fica combinado, não existe. Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseja mais nada? Você vai concordar comigo: só sendo louca de pedra.'

Martha Medeiros

17 de novembro de 2010

Continuação..

Aqui ta a continuação do texto da Martha M., que eu postei dia 11 de Julho (=
Link do post "Mais um da MM."




'...Reciclo, tô farta, tô forte, tô viva
E só morro no fim.
E pra quem anda nos trilhos cuidado com o trem...
Eu por mim já descarrilho
E não atendo a ninguém.
Só me rendo pelo brilho de quem vai fundo
E mergulha com tudo
Pra dentro de si.

Lá do alto do telhado pula quem quiser,
Só o gato que é gaiato
Cai de pé.'
Martha Medeiros

16 de novembro de 2010

(L)

"Quando me apaixono, me apaixono por um ser humano. Eu não vejo um homem ou uma mulher, uma pele negra ou branca, um adolescente ou um cinqüentão, mas uma alma da qual sou o complemento."

...devo frisar que é qualquer tipo de sentimento que envolva o amor, seja o entre amigos, entre almas ou entre irmãos.

beijos :D

2 de novembro de 2010

"O permanente e o provisório"

O permanente e o provisório
Martha Medeiros.



"O casamento é permanente, o namoro é provisório.
O amor é permanente, a paixão é provisória.
Uma profissão é permanente, um emprego é provisório.
Um endereço é permanente, uma estada é provisória.
A arte é permanente, a tendência é provisória.
De acordo? Nem eu.

Um casamento que dura 20 anos é provisório. Não somos repetições de nós mesmos, a cada instante somos surpreendidos por novos pensamentos que nos chegam através da leitura, do cinema, da meditação. O que eu fui ontem, anteontem, já é memória. Escada vencida degrau por degrau, mas o que eu sou neste momento é o que conta, minhas decisões valem pra agora, hoje é o meu dia, nenhum outro.

Amor permanente... como a gente se agarra nesta ilusão. Pois se nem o amor pela gente mesmo resiste tanto tempo sem umas reavaliações. Por isso nos transformamos, temos sede de aprender, de nos melhorar, de deixar pra trás nossos imensuráveis erros, nossos achaques, nossos preconceitos, tudo o que fizemos achando que era certo e hoje condenamos. O amor se infiltra dentro da nós, mas seguem todos em movimento: você, o amor da sua vida e o que vocês sentem. Tudo pulsando independentemente, e passíveis de se desgarrar um do outro.

Um endereço não é pra sempre, uma profissão pode ser jogada pela janela, a amizade é fortíssima até encontrar uma desilusão ainda mais forte, a arte passa por ciclos, e se tudo isso é soberano e tem valor supremo, é porque hoje acreditamos nisso, hoje somos superiores ao passado e ao futuro, agora é que nossa crença se estabiliza, a necessidade se manifesta, a vontade se impõe – até que o tempo vire.

Faço menos planos e cultivo menos recordações. Não guardo muitos papéis, nem adianto muito o serviço. Movimento-me num espaço cujo tamanho me serve, alcanço seus limites com as mãos, é nele que me instalo e vivo com a integridade possível. Canso menos, me divirto mais, e não perco a fé por constatar o óbvio: tudo é provisório, inclusive nós."